Pelo menos 13% dos lucros do crime com Bitcoin agora são lavados por meio de carteiras de privacidade como o Wasabi, de acordo com um novo relatório.

Pelo menos 13% dos lucros do crime com Bitcoin agora são lavados por meio de carteiras de privacidade, de acordo com a Elliptic.

Isso era apenas 2% em 2019, disse a empresa

As carteiras de privacidade buscam maior anonimato no blockchain, facilitando os processos de “mistura” de moedas que obscurecem as origens das transações.

Pelo menos 13% das receitas de crimes de Bitcoin Revolution agora são lavadas através de carteiras de privacidade, contra apenas 2% no ano passado, de acordo com um novo relatório da empresa de análise de blockchain Elliptic. A empresa diz que esse número representa “mais de US $ 160 milhões em bitcoins de mercados darknet, roubos e golpes”.

Carteiras de privacidade são serviços que facilitam a “mistura” de moedas, um processo que troca suas moedas por outras moedas, anonimamente, e obscurece as entradas e saídas individuais das transações.

O Bitcoin foi desenvolvido com total transparência em mente e um livro-razão público disponível para qualquer pessoa no mundo; esses serviços contornam essa ideia

Os desenvolvedores defendem que as carteiras de privacidade fornecem uma medida de privacidade financeira, o que eles fazem – o que também os torna uma boa opção para criminosos que buscam lavar fundos roubados por meio de um sistema transparente, de acordo com a Elliptic .

Por e-mail, o cofundador da Elliptic, Tom Robinson, disse à Decrypt que, embora os desenvolvedores de carteira de privacidade de código aberto não sejam responsáveis por esse aumento na atividade criminosa, as coisas ficam mais complicadas no caso de uma empresa como a Wasabi Wallet, que cobra taxas por cada transação anônima e, portanto, pode potencialmente ganhar dinheiro com atividades criminosas.

“A área cinzenta é onde há alguém facilitando transações específicas que podem estar vinculadas a atividades ilícitas”, disse ele. “A forma como a Wasabi Wallet funciona é que há uma empresa envolvida em facilitar transações ativamente e cobrar uma taxa por isso – acho que uma questão em aberto é de responsabilidade dessa empresa e se ela está sujeita à regulamentação.“